Comemoração do Quarto Centenário do Padre António Vieira
A Escola Secundária da Mealhada, com a edição deste blogue, procura contribuir para a comemoração do Quarto Centenário do nascimento do Padre António Vieira. Aqui serão publicados os diversos trabalhos efectuados neste âmbito e que julgamos merecedores de divulgação. Participaram nesta iniciativa alunos, professores e a equipa da biblioteca.
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Trabalhos dos alunos...
"Mas há muitos dias que tenho metido no pensamento que, nas festas dos santos, é melhor pregar como eles, que pregar deles." Os trabalhos dos alunos aqui publicados foram elaborados no âmbito da disciplina de Português, depois de concluído o estudo do "Sermão de Santo António". A ideia era propor aos alunos que compusessem textos "à maneira de Vieira..." ou "inspirados por Vieira", sobre temáticas modernas ou que lhes dissessem respeito.
Nasceu em Lisboa em 6 de Fevereito de 1608 e morreu aos 89 anos no Brasil, na cidade da Baía. De condição modesta, foi com seus pais para aquela então colónia de Portugal aos seis anos. Fez aí os primeiros estudos, ingressando na vida religiosa, na Companhia de Jesus. Destacou-se cedo pela sua capacidade oratória e pela aguda inteligência. Entre 1641 e 1652 veio à metrópole, integrado numa comitiva oficial. A dada altura assumiu a função de pregador da Corte, confessor e conselheiro do Rei D. João IV. Foi nomeado para inúmeras missões diplomáticas (estava-se em plena Guerra da Restauração). Entretanto, dada a sua personalidade voluntariosa, envolveu o monarca numa questão relativa à ordem onde professava e quase foi dela espulso.Entre 1652 e 1661 regressou ao Brasil como missionário, onde se envolve com grande intensidade na questão da escravatura, pugnando por um tratamento mais humano dos escravos, não sendo claro que defendesse a sua extinção. Para tal fim, serviu-se abundantemente da sua capacidade oratória e desenvolveu actividades que visavam despertar nos colonos uma consciência moral mais humanitária. Estes, porém, reagiram mal contra o Padre António Vieira e muitos dos seus companheiros que comungavam das mesmas ideias.Foi obrigado a partir para Lisboa (1661-1681), onde se compromete com várias causas religiosas, políticas (questão da sucessão de D. João IV) e doutrinais (é-lhe atribuída a formulação de um "milenarismo visionário alimentado nas trovas do Bandarra"). Por causa disto tudo, granjeou inimigos políticos, tendo-lhe custado a prisão pela Inquisição durante dois anos (1665-1667).Depois de libertado, pois era partidário de D. Pedro, entretanto aclamado Rei por afastamento do trono do irmão D. AfonsoVI, esteve em Roma entre 1669 e 1675, tendo aí proferido numerosos sermões, nomeadamente para a rainha Cristina da Suécia.Regressou a Portugal onde começou a compilar e a editar os seus sermões, tarefa que continuou no Brasil (1681) até à sua morte, 1697.
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